10/01/2024 às 10h00min - Atualizada em 10/01/2024 às 10h00min

3M terá célula de pesquisa para desenvolver materiais de fontes renováveis em Manaus

Núcleo de pesquisa promete ser um braço importante do centro similar já existente nos EUA

Divulgação 3M
Está prevista para o primeiro trimestre de 2024 a inauguração de uma Célula de Pesquisa e Desenvolvimento da 3M em Manaus. O anúncio foi feito por Cordell Hardy, Vice-presidente Sênior de Operações Corporativas de P&D da 3, durante visita ao Brasil e participação no Congresso Internacional de Inovação da Indústria da CNI. A Célula será voltada para a criação de tecnologias de reciclagem de materiais poliméricos e para o desenvolvimento de materiais de fontes renováveis.

“O Brasil será, potencialmente, um braço importante do nosso grande centro nos EUA porque possui uma vocação importante e natural para os temas relacionados à reciclagem e materiais de fontes renováveis. Além disso, os estímulos e incentivos fiscais a P&D existentes na região de Manaus são um importante mecanismo para fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico no País”, comenta Hardy.

A 3M aposta no desenvolvimento de materiais renováveis com o objetivo de criar insumos inovadores à base de óleos e fibras naturais que possam ser incorporados, em particular, nas formulações de adesivos, fitas, sistemas de polimento, injeção de plástico e embalagens sustentáveis.

Com relação à reciclagem, o foco desta nova iniciativa está na busca por aplicações de materiais reciclados nas embalagens e produtos da empresa, o que tornará a contribuição da 3M com a cadeia de reciclagem ainda maior. Hoje, a contribuição da companhia é financeira, por meio do investimento em programas estruturantes reconhecidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Recupera da Pragma e o Mãos Pro Futuro da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

Segundo Paulo Gandolfi, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da 3M para a América Latina,  a decisão da 3M de investir em tecnologias de reciclagem de polímeros surgiu da necessidade de aumentar a circularidade dos seus produtos e processos produtivos, seguindo uma tendência global da indústria e, em especial, da indústria química e de processamento de materiais poliméricos.

Vem, também, da meta que a companhia tem em desenvolver soluções com atributos sustentáveis, em contribuir com soluções que mitiguem os impactos das mudanças climáticas, das demandas de regulação, dos clientes e da sociedade em geral. De maneira geral, fatores e iniciativas que são apontadas em megatendências globais e que têm um grande efeito sobre a indústria na qual a 3M está inserida.

“Temos interesse em buscar profissionais externos em parceria com Instituições Científicas e de Inovação Tecnológica (ICTs), startups e outras organizações do ecossistema de inovação na região de Manaus para nos ajudar em nossa missão. Nosso foco será buscar especialistas em química, ciência, engenharia de materiais e áreas correlatas, com prévios conhecimentos em reciclagem e em fontes de materiais renováveis da Amazônia”, finaliza Gandolfi.

A escolha da companhia por investir nessas atividades está em linha com o que os brasileiros esperam das empresas, segundo a pesquisa 3M Índice do Estado da Ciência 2023 (State of Science Index, ou SOSI), que revelou que 91% dos brasileiros acreditam que empresas deveriam fazer mais esforços para facilitar para os consumidores serem mais sustentáveis. O mesmo percentual de pessoas respondeu que as empresas precisam acelerar o desenvolvimento e a adoção de tecnologias e inovações que abordem as alterações climáticas.
 
A 3M tem sua atenção voltada para a sustentabilidade em todo o mundo. O Marco Estratégico de Sustentabilidade ajuda a empresa a aplicar a ciência para melhorar vidas, com base nos pilares Ciência para a Economia Circular, Ciência para o Clima e Ciência para a Comunidade. Eles também apoiam as decisões e a estratégia empresarial, bem como a forma como a companhia concentra seus esforços no impacto comunitário local e global.

Índice do Estado da Ciência 2023
Realizada anualmente desde 2018 pela Ipsos a pedido da 3M, a pesquisa teve suas respostas colhidas de setembro a dezembro de 2022, com uma amostra de mil pessoas de 18 anos ou mais, em 17 países: Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Tailândia, Taiwan, Itália, Índia, China, Coréia do Sul, Japão, Hong Kong e Austrália.

Os dados de 2023 analisam o futuro da ciência e capturam o sentimento relacionado às prioridades da 3M como equidade nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), carreiras técnicas, sustentabilidade, saúde e inovação.

Confira, a seguir, alguns dos principais achados da SOSI:

91% (vs. 90% globalmente) dos brasileiros afirmam que as empresas precisam acelerar o desenvolvimento e a adoção de tecnologias e inovações que enderecem as mudanças climáticas.

97% (vs. 93% globalmente) estão preocupados com as consequências das alterações climáticas.

91% das pessoas acreditam que a ciência pode ajudar a minimizar os efeitos das alterações climáticas

Os brasileiros são mais propensos do que os demais povos pesquisados a acreditar que a tecnologia de filtragem da poluição do ar (53% vs. 47% globalmente) pode endereçar os impactos futuros das mudanças climáticas, seguidos por painéis solares acessíveis (52% vs. 44%), veículos elétricos e transporte acessíveis (48% vs. 42%), alternativas ecológicas aos tradicionais materiais de construção (46%) e utilizações inovadoras de recursos para reduzir desperdícios (43% vs. 49%).

88% (vs. 80% globalmente) concordam que a Inteligência Artificial (IA) pode ajudar a construir um futuro mais sustentável, e 82% (vs. 75% globalmente) afirmam que a IA é uma tecnologia interessante que tem impacto na sua vida quotidiana.

80% das pessoas estão preocupadas que o aquecimento global (definido como “mudanças de temperatura ao longo do tempo”) fará com que as pessoas sejam deslocadas das suas casas. As condições climáticas que as pessoas estão mais preocupadas que podem causar deslocamento de suas moradias são ondas de calor (94% vs. 84% globalmente), secas (93% vs. 86% globalmente), incêndios (92% vs. 86% globalmente), inundações (89% vs. 85% globalmente) e aumento do nível do mar (87% vs. 79% globalmente).

Em comparação com apenas um ano atrás, as pessoas estão mais preocupadas hoje com temperaturas extremas (84% vs. 71% globalmente), alterações climáticas (83% vs. 72% globalmente) e poluição do ar e dos oceanos.

97% (vs. 93% globalmente) acreditam que as empresas deveriam tomar medidas para defender e apoiar a ciência.

97% (vs. 94% a nível mundial) acreditam que podem ser alcançados resultados positivos se as pessoas defenderem e apoiarem a ciência – desde a melhoria da saúde pública à agricultura sustentável e soluções para as mudanças climáticas.

89% (vs. 85% globalmente) dos brasileiros veem claramente a conexão entre a ciência e o papel que ela desempenha na melhoria de suas vidas.

92% (vs. 90% globalmente) concordam que as pessoas deveriam seguir a ciência para ajudar a tornar o mundo mais sustentável.
 
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