27/07/2024 às 18h55min - Atualizada em 27/07/2024 às 18h55min

Nas Olimpíadas, Paris quer metade das emissões de Tóquio e construções sustentáveis

Estratégia dos Comitês Olímpico e Paralímpico para reduzir impactos do evento inclui ações com menor pegada de carbono

Letícia Ozório, Exame
Com os olhos do mundo voltados para a França, o governo e os comitês Olímpico e Paralímpico atuam para trazer o ESG de vez para as competições esportivas (Gonzalo Fuentes/Reuters)
As Olimpíadas de Paris, que começaram nesta sexta-feira, 24, buscam ser as “mais sustentáveis da história”. Com os olhos do mundo voltados para a França, o governo e os comitês Olímpico e Paralímpico atuam para trazer o ESG de vez para as competições esportivas.

Na busca pela redução das emissões, as medalhas de ouro ficam em segundo plano para a França. A meta principal é de atingir metade da pegada de carbono das últimas edições das Olimpíadas. Em Tóquio (2021), o Comitê Olímpico estimou 2,73 milhões de toneladas de emissões de CO2, mas comprou créditos equivalentes a 4,38 milhões de toneladas. Nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, as emissões atingiram 3,5 milhões de toneladas, e em Londres, 2012, 3,4 milhões de toneladas.

Uma das ferramentas criadas para diminuir as emissões de gases causadores de efeito estufa foi o Treinador Climático para Eventos (tradução literal de Coach Climat Événements). Criado pelo Ministério do Esporte da França e pelos comitês Olímpico e Paralímpico, o serviço calcula as emissões de carbono de eventos esportivos relacionados às Olimpíadas.

A partir de um questionário, o programa busca entender o impacto ambiental do evento de acordo com a atividade física, número de participantes, duração e necessidades de cada esporte. Outras informações ajudam a calcular a pegada de carbono corretamente, como detalhes de transporte, energia e alimentação durante a competição. O site apresenta o total de emissões previstas para o evento e, como um treinador de esportes, informa etapas para diminuir os “erros” cometidos. 

Entre as soluções apresentadas para reduzir a pegada de carbono estão escolhas simples, mas que dada a dimensão dos Jogos -- que devem receber mais de 10 mil atletas, 4 mil paratletas e 15 milhões de visitantes --, têm um impacto positivo: utilizar materiais recicláveis e reutilizáveis, escolher centros esportivos que possam ser acessados a partir de transporte público, serviços de alimentação com opções vegetarianas e veganas e o uso de energias limpas durante a competição.

Até novembro de 2023, data do último relatório de sustentabilidade das Olimpíadas, mais de 560 eventos de 46 modalidades esportivas já tinham calculado suas emissões, o que ajudará a reduzir uma média de 24% da pegada de carbono nas competições. A plataforma pode ser acessada, em francês, por meio deste site.

O motivo de toda essa preocupação se relaciona com o próprio impacto que os franceses podem sofrer com o aumento das temperaturas globais. De acordo com o estudo “O mundo dos esportes em +2ºC e +4ºC”, da ONG ambiental WWF França, os franceses podem perder de 24 a 66 dias de atividades esportivas caso as temperaturas ultrapassem os 32ºC.

Leia o conteúdo na íntegra em https://exame.com/esg/nas-olimpiadas-paris-quer-metade-das-emissoes-de-toquio-e-construcoes-sustentaveis/ 
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