09/01/2024 às 10h48min - Atualizada em 09/01/2024 às 10h48min

​ESG e Inteligência Artificial: tendências que vão transformar os negócios em 2024

Pesquisa da Amcham Brasil ouviu 694 executivos do país em relação as tendências que mais vão impactar os negócios em 2024

Por Willian Oliveira
Foto: Envato
Uma pesquisa realizada pela Amcham Brasil, em parceria com a Humanizadas, revelou que a Inteligência Artificial (IA) e a Agenda ESG serão as duas principais forças que vão influenciar as empresas brasileiras em 2024. A pesquisa perguntou para quase mil executivos, “quais tendências vão impactar mais sua empresa em 2024?”. Entre mais de 20 opções, a Inteligência Artificial foi a mais citada por 60% dos executivos, seguida pelo avanço da Agenda ESG, mencionada por 51% deles.

A Inteligência Artificial é uma tecnologia que permite que máquinas e sistemas simulem o raciocínio humano, realizando tarefas complexas, como reconhecimento de voz, análise de dados, automação de processos, entre outras. A Agenda ESG é um conjunto de critérios que avaliam o desempenho das empresas em relação aos aspectos ambientais, sociais e de governança, como redução de emissões, diversidade, transparência, ética, etc.

Essas duas tendências estão cada vez mais conectadas, pois a Inteligência Artificial pode ser uma aliada no desenvolvimento do ESG nas empresas, ajudando a identificar, monitorar e reduzir os desafios e os riscos relacionados à sustentabilidade. Por outro lado, o ESG pode orientar o uso responsável e ético da Inteligência Artificial, garantindo que as tecnologias sejam usadas para promover o bem-estar das pessoas, do meio ambiente e da sociedade.

Para discutir esses temas e seus impactos nos negócios, o Instituto Global, uma organização sem fins lucrativos que visa promover o desenvolvimento sustentável e a inovação no Brasil, realizou recentemente um evento em sua sede, no Lago Sul, em Brasília, reunindo representantes do congresso, do setor privado, da academia e da sociedade civil. O tema do encontro foi “Reforma Tributária e Orçamento Público: O G do ESG para o Desenvolvimento Estratégico do Brasil” e contou com a palestra do especialista em orçamento público, Deyvid Pereira, uma grande referência técnica do Congresso Nacional.

Pablo Feitosa, presidente do Instituto Global, enfatizou o potencial do Brasil para se tornar líder em ESG na América Latina e no mundo, destacando os desafios que ainda enfrentamos. Ele expressou a necessidade de maior conscientização e engajamento de diversos setores da sociedade para incorporar o ESG na cultura e nas práticas das organizações.

“O Brasil tem uma riqueza natural, uma diversidade cultural e uma criatividade que são diferenciais competitivos para o nosso país. Mas também temos problemas sérios, como desigualdade, corrupção, violência, desmatamento, que precisam ser enfrentados com urgência. O ESG não é apenas uma questão ética, mas também estratégica, pois pode gerar oportunidades de negócios, de investimentos, de geração de empregos, de melhoria da qualidade de vida”, disse ele.

O diretor do Instituto Global, Alexandre Arnone, que também é chairman do Grupo Arnone, vai além: “Para isso, precisamos de uma visão de longo prazo, de uma agenda integrada, de uma colaboração entre os diferentes atores. O Instituto Global quer ser um catalisador desse processo, trazendo o debate para o coração político do Brasil e estimulando ações concretas e inovadoras”.
Julio Colombo, presidente do Grupo Arnone, um conglomerado de empresas que atua nas áreas de advocacia, consultoria, educação, mobilidade aérea e tecnologia, anunciou que a reunião é apenas o primeiro encontro de uma série de eventos planejados em Brasília e outras cidades do Brasil para disseminar o ESG e fomentar o debate sobre sustentabilidade.
 
Colombo afirmou que o Grupo Arnone tem investido em soluções de Inteligência Artificial para apoiar os seus clientes na implementação do ESG, oferecendo serviços de análise de dados, automação de processos, suporte à tomada de decisão, entre outros.

“Nós acreditamos que a Inteligência Artificial é uma ferramenta poderosa para transformar os negócios e a sociedade. Ela pode nos ajudar a entender melhor os problemas, a encontrar soluções mais eficientes e a medir os resultados. Mas também sabemos que a Inteligência Artificial precisa ser usada com responsabilidade, com ética, com transparência. Por isso, seguimos os princípios do ESG em todas as nossas atividades, buscando gerar valor para os nossos clientes, para os nossos colaboradores, para o meio ambiente e para a comunidade”, declarou Colombo.
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