FreepikUm novo estudo da Accenture revela que apenas 1 em cada 5 executivos financeiros de grandes empresas globais se sente preparado para atender aos crescentes requisitos de relatórios e garantias externas relacionados ao clima. A pesquisa, que entrevistou 730 CFOs e executivos financeiros em 11 países, destaca uma lacuna significativa entre a percepção de preparação e a realidade das exigências regulatórias emergentes.
À medida que regulamentações como o CSRD da UE e as novas regras de divulgação climática da SEC dos EUA se intensificam, cerca de 85% dos entrevistados preveem um aumento na divulgação obrigatória nos próximos três anos. Além disso, 90% concordam que as questões ESG (ambientais, sociais e de governança) se tornarão fundamentais nos próximos cinco anos.
Apesar dessa conscientização crescente, mais de 80% dos executivos financeiros relatam pressão significativa de múltiplas partes interessadas, incluindo reguladores, membros do conselho e acionistas, para adotar práticas mais sustentáveis. No entanto, apenas 22% dos CFOs se consideram bem preparados para divulgar riscos e oportunidades climáticos, enquanto apenas 10% se sentem prontos para atender plenamente aos requisitos de relatórios em todas as áreas de sustentabilidade, como uso de recursos e circularidade.
O estudo da Accenture identificou nove capacidades essenciais de sustentabilidade, abrangendo desde medição e gestão de ESG até integração de KPIs não financeiros e análise preditiva para mitigação de riscos. Surpreendentemente, apenas 15% das empresas foram identificadas como tendo fortes capacidades nesses domínios críticos, enquanto a maioria está no estágio moderado de preparação.
Uma descoberta chave foi a forte correlação entre a preparação em ESG e a visão estratégica das empresas sobre sustentabilidade. Empresas com fortes capacidades têm mais probabilidade de perceber a sustentabilidade como uma oportunidade de crescimento, ao passo que aquelas menos preparadas enfrentam desafios para equilibrar sustentabilidade e lucratividade.
Com a pressão regulatória e a expectativa do mercado crescendo, o estudo da Accenture sublinha a urgência de as empresas acelerarem seus esforços para não apenas cumprir, mas também capitalizar as demandas crescentes por transparência e responsabilidade ambiental.
