Uma pesquisa da XP mostra que apenas duas entre 60 gestoras têm excelência em ESG. Segundo relatório, 3% das gestoras pesquisadas são consideradas referência sobre o tema no Brasil e apresentaram “práticas e processos na linha do que é considerado de excelência globalmente”.
Por outro lado, 76% ainda não iniciaram sua jornada nessa temática ou estão num estágio inicial. As duas gestoras que se destacaram são a Fama investimentos e a JGP.
O estudo ainda destaca que há três tipos de comportamento em relação a adoção da temática ESG. Existem as gestoras que investem em ESG movidas pela convicção em torno do tema, valorizado por seus principais sócios.
Há também aquelas que estão respondendo a pressões de investidores e de pares. por fim, um terceiro grupo decidiu por não trilhar um caminho estruturado em direção às práticas ESG.
Outro destaque do relatório é a necessidade de “tropicalizar a agenda ESG” das gestoras, para que ela esteja ligada de fato a questões pertinentes ao Brasil.
Segundo o relatório, muitas corretoras apenas copiam projetos de temas prioritários de seus pares europeus e aplicam. E um detalhe bastante interessante é que muitos dos entrevistados apontaram como ponto de virada para a agenda ESG no brasil, o rompimento da barragem da vale em brumadinho, que aconteceu em 2019.
O acidente mostrou que não dava mais pro mundo financeiro ignorar riscos que até então não conseguiam precificar.