21/06/2024 às 15h55min - Atualizada em 21/06/2024 às 23h59min

Alunos de colégio de BH estudam ODS da ONU e plantam 60 mudas de árvores em parque ecológico

Atividades são lideradas por professores de diferentes disciplinas e alunos podem propor soluções para questões socioambientais

João Kerr
Jovens plantam mudas no Parque Ecológico do Brejinho, em Belo Horizonte (Divulgação/ Santa Marcelina)
Mais de 100 alunos do colégio Santa Marcelina, em Belo Horizonte, participaram de um projeto que se desdobrou na plantação de 60 mudas de árvores no Parque Ecológico do Brejinho. A ação, que ocorre em ciclos anuais, envolve alunos do 9º ano do ensino fundamental e os ensina sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.

Professores de Matemática, Física, Química, Biologia e Inglês se uniram para desenvolver o projeto pedagógico. A proposta é que os alunos identifiquem problemas socioambientais referentes ao clima da Terra. Assim, os jovens puderam relacionar as questões ao desenvolvimento sustentável e propor ações alinhadas aos ODS da Agenda 2030.

Após coletarem dados sobre questões socioambientais através da leitura de artigos em português e inglês, os alunos calcularam suas emissões de carbono individuais e quantas árvores teriam que plantar para compensá-las. Segundo a professora Luiza Porto, alguns deles precisariam plantar mais de 1000 árvores para compensar suas emissões até a adolescência.

De acordo com a agência francesa de transição ecológica, a ADEME, a emissão média de CO2 por indivíduo, por ano, é de 11 toneladas. Para compensar a emissão de uma tonelada de carbono, é necessário o plantio de sete árvores, segundo o Instituto Brasileiro de Florestas.

Sendo assim, seria necessário o plantio de 77 árvores por pessoa anualmente para compensar as emissões individuais. Além disso, a compensação acontece quando as plantas chegam na fase adulta, cerca de 20 anos após o plantio.

“Isso trouxe uma informação importante. Eles perceberam que não adianta só compensar, como fizemos. É preciso reduzir o consumo e preservar o que já está na natureza”, comentou Luiza.


Após um aprofundamento teórico sobre o tema e a realização de uma pesquisa de campo no setor de mudas da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte, o grupo de alunos foi ao Parque Ecológico do Brejinho, no bairro de São Francisco.


O local foi escolhido por ser uma área de grande importância ambiental para a capital mineira, situado em uma área de recarga hídrica, abrigando uma das nascentes do Córrego São Francisco e uma bacia de detenção de águas de chuva.

Segundo a professora Luiza Porto, o projeto segue ocorrendo com todas as turmas de nono ano. Assim como foi feito no plantio de mudas, os jovens têm liberdade para propor diferentes soluções para os problemas socioambientais que identificam.
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