03/06/2024 às 10h35min - Atualizada em 03/06/2024 às 10h35min

PMI industrial do Brasil cai para 52,1 em maio, depois de atingir 55,9 em abril

Desaceleração no ritmo de crescimento está atrelada aos efeitos das enchentes no RS

Por Daniel Tozzi Mendes/Agência Estado
Por Daniel Tozzi Mendes/Agência Estado
Freepik
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) que mede a atividade industrial do Brasil caiu de 55,9 em abril para 52,1 em maio. Apesar da queda, o indicador permanece acima da taxa neutra, de 50, 0 pontos, o que indica expansão da atividade.

A desaceleração no ritmo de crescimento está atrelada aos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, que levaram ao fechamento de empresas, retração da demanda e restringiram o crescimento das vendas e refrearam a produção, conforme apontou a S&P em nota.

"Os resultados do PMI mostraram uma certa capacidade de resiliência do setor industrial do Brasil, excluindo-se as respostas de empresas diretamente afetadas pelas enchentes catastróficas no Rio Grande do Sul, uma vez que o crescimento de novos negócios, os níveis de compra e de emprego se mantiveram estáveis", acrescenta a diretora associada de Economia da S&P, Pollyanna Lima.

Ela avalia que as consequências do desastre climático no Rio Grande do Sul dificultaram o recebimento de insumos por parte dos fabricantes, que se mostraram preocupados com o impacto das chuvas sobre a economia em geral.

"Ainda assim, as expectativas de que esforços de socorro, investimentos e o lançamento de novos produtos poderiam apoiar a demanda nos próximos meses encorajaram as previsões otimistas de perspectivas de produção para o próximo ano e fomentaram a criação de empregos em maio", salienta Pollyanna Lima.

A S&P destaca ainda que, nesta leitura, houve a maior pressão nos custos do setor industrial desde agosto de 2022, como efeito do aumento do preço de algumas commodities, a fragilidade cambial e o aumento no preço dos fretes, conforme relataram os participantes da pesquisa.

Em relação aos empregos, os participantes da pesquisa apontaram que a aceleração na criação de vagas no setor industrial nesta leitura é reflexo da expectativa de recuperação da demanda e da produção no médio prazo.
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