01/06/2024 às 12h07min - Atualizada em 01/06/2024 às 12h07min

Nivel do Guaíba em Porto Alegre fica abaixo da cota de inundação pela 1ª vez desde 2 de maio

Ainda que o nível das águas esteja diminuindo, os números sobre impacto das enchentes no RS continuam a aumentar

Por Gustavo Nicoletta/Agência Estado
Por Gustavo Nicoletta/Agência Estado
PLANET LABS PBC/AFP/METSUL METEOROLOGIA
O nível do Guaíba recuou para abaixo da cota de inundação, de 3,60 metros, por volta das 5h da manhã, quando atingiu 3,58 metros. A leitura mais recente, publicada às 9h15, marcava 3,53 metros e indicava que o nível das águas seguia caindo. Em 5 de maio, quando alcançou o nível mais alto do atual período de enchentes, o Guaíba chegou a 5,35 metros.

Mesmo com o recuo das águas, porém, o risco de enchentes na região metropolitana de Porto Alegre é alto, segundo o Cemaden. O órgão citou em boletim a continuidade dos processos hidrológicos de inundação "em função da propagação da onda de cheia proveniente das bacias hidrográficas dos rios Jacuí, Taquari, Caí e Sinos, localizados à montante do Lago Guaíba". O Cemaden ressalta que as bacias estão "acima da cota de alerta".

Em outras regiões do Rio Grande do Sul, o risco é ainda maior. O órgão destaca os municípios banhados pela Lagoa dos Patos.

Em Pelotas, por exemplo, a medição mais recente na região de Laranjal apontava que, às 8h, a lagoa estava a 2,43 metros, bem acima da cota de inundação, de 1,70 metro.

"O risco hidrológico poderá se agravar devido à permanência do deflúvio elevado proveniente do Lago Guaíba, cujo nível elevado pode ser acentuado pelas condições dos ventos, e devido à possibilidade de elevação dos níveis dos rios nas bacias dos rios Camaquã, Arroio Fragata e Canal São Gonçalo, rio Piratini, Arroio Grande e Jaguarão", disse o Cemaden.

Efeito das enchentes


Ainda que o nível das águas esteja diminuindo, os números sobre impacto das enchentes no Rio Grande do Sul continuam a aumentar. Entre ontem e hoje, dados divulgados pelo governo do Estado apontaram que o número de municípios afetados subiu de 473 para 475, e a população atingida cresceu de 2,35 milhões para 2,39 milhões.

O número de mortos pelas enchentes também cresceu - de 169 para 171. Houve queda, no entanto, no total de desaparecidos (de 44 para 43) e de pessoas em abrigos (39.595 para 37.812). Os desalojados seguem em 580.111.
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