14/05/2024 às 08h47min - Atualizada em 14/05/2024 às 08h47min
Incêndios florestais expulsam milhares de suas residências no Canadá
No fim de semana foram emitidas ordens de saída de algumas cidades, enquanto ventos violentos espalhavam a fumaça por todo o oeste do país
Por Redação/Agência Estado
Por Redação/Agência Estado
Subtenente Elcio Gouvêa de Sousa/CBMERJ Milhares de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas no oeste do Canadá, devastado por centenas de incêndios florestais no domingo, 12, enquanto a temporada, que começou mais cedo, impõe desafios ao país.
Depois de quase dobrar a área durante o dia no município de Fort Nelson, o incêndio, até esta segunda, 13, estava em quase 4 mil hectares e ameaçava atingir várias casas, segundo o Corpo de Bombeiros da província da Colúmbia Britânica. Cerca de 3,5 mil pessoas tiveram de ser realocadas 400 km mais ao sul desde sexta-feira. "Estamos em um nível 5 de seca (o mais alto), o que torna muito difícil controlar esses incêndios florestais", disse o prefeito de Fort Nelson, Rob Fraser.
Na província vizinha de Alberta, 44 incêndios estavam causando estragos, incluindo um localizado a cerca de 15 km de Fort McMurray, o que obrigou os residentes a se prepararem para a retirada.
Essa cidade no noroeste da província, situada no coração da floresta, já foi devastada pelo fogo em maio de 2016, quando seus 90 mil habitantes foram removidos e mais de 2,5 mil edifícios foram destruídos, no maior desastre da história do Canadá.
No fim de semana foram emitidas ordens de saída em pequenas cidades de Alberta e Manitoba, enquanto ventos violentos espalhavam a fumaça por todo o oeste do país. Segundo o governo federal, a qualidade do ar nessas áreas apresentava riscos "muito elevados". Nos EUA, Minnesota e partes de Wisconsin também estavam sob um alerta de qualidade do ar devido à fumaça vinda do Canadá.
Em 2023, o Canadá viveu a pior temporada de incêndios de sua história. As chamas, que varreram o país de leste a oeste, queimaram mais de 15 milhões de hectares, mataram oito bombeiros e obrigaram as autoridades a retirar 230 mil pessoas