Em meio à violência contínua no Haiti, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, expandiu a assistência alimentar, alcançando mais de meio milhão de pessoas desde o início da atual crise, em março deste ano. O PMA distribui alimentos a comunidades vulneráveis, incluindo refeições quentes para pessoas que vivem em abrigos temporários na capital Porto Príncipe afetadas pelo conflito, desembolsos em dinheiro e refeições escolares.
O fechamento do principal porto e aeroporto do Haiti, em Porto Príncipe, há cerca de um mês, interrompeu o fluxo de suprimentos para a nação caribenha. O diretor nacional do PMA no Haiti, Jean-Martin Bauer, afirmou que está sendo feito todo o possível para alcançar as pessoas mais vulneráveis, “mas no ritmo atual estoques de alimentos vão acabar até o final de abril”.
O Fundo das Nações Unidas de Populações, Unfpa, também está atuando no Haiti com ajuda em saúde reprodutiva, apoio a serviços de proteção e fornecendo kits de higiene em locais de deslocamento na capital através das suas clínicas móveis.
Desde o início de março, foram fornecidos mais de 4,6 mil kits de higiene. As mulheres e meninas deslocadas também receberam kits de dignidade que incluem sabonete, absorventes higiênicos, lâmpada solar e outros itens básicos pessoais.
O Unfpa oferece ainda apoio psicossocial remoto e informações sobre serviços contra a violência baseada no gênero mediante uma linha direta gratuita operada pelos seus parceiros locais. Desde 29 de fevereiro, foram realizadas mais de 340 ligações.
A Organização Internacional para as Migrações, OIM, afirmou que desde o final de fevereiro, devido à insegurança, cerca de 95 mil pessoas deixaram a área metropolitana de Porto Príncipe em busca de refúgio nas províncias.
A maioria dos deslocados se dirigiu aos departamentos do Grand Sud, região que já recebeu mais de 100 mil pessoas que fugiram da violência na capital nos últimos meses.