10/04/2024 às 14h34min - Atualizada em 10/04/2024 às 14h34min
Portos e Aeroportos criam a Secretaria de Hidrovias
Já a nomeação do secretário deve ser oficializada até sexta-feira, 12
Por Luiz Araújo/Agência Estado
Por Luiz Araújo/Agência Estado
A.PAES / Shutterstock.com O Ministério de Portos e Aeroportos oficializou a criação da Secretaria de Hidrovias, que será dedicada a cuidar do orçamento e da gestão de políticas públicas para o setor hidroviário. A criação consta de decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) da terça-feira. Já a nomeação do secretário deve ser oficializada até sexta-feira, 12.
Segundo o ministro responsável pela pasta, Silvio Costa Filho, a nova secretaria iniciará suas operações com três hidrovias como prioridade - Hidrovia Brasil-Uruguai, Hidrovia do Rio Amazonas e Hidrovia do Rio Tocantins.
"A ideia é que façamos um amplo trabalho de forma conjunta com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)", disse o ministro, em evento realizado nesta quarta-feira em Brasília.
Para a criação da secretaria, o governo precisou conciliar as atribuições que até o momento são do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), responsável pela execução das obras hidroviárias. O órgão foi mantido como executor, mas o orçamento estará sob responsabilidade da nova secretaria.
Hidrovias no Brasil e no mundo Hidrovias são vias aquáticas de transporte, podendo ser naturais ou artificiais, que podem ser em rios, mares e lagos. As vantagens deste modelo estão na elevada capacidade de transporte de cargas pesadas e volumosas, com menos impactos ambientais e com baixos custos de deslocamento e implementação. Porém, as desvantagens das hidrovias são a morosidade nos trajetos e a influência direta das condições climáticas.
O Brasil possui extensos rios navegáveis, mas o país explora menos de 20.000 km dos 64.000 km de hidrovias navegáveis. Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil poderia chegar a 50 mil quilômetros de hidrovias, ficando atrás somente da China (110 mil km), Rússia (102 km) e União Europeia (52 mil km). A exploração desse potencial e integração com ferrovias e rodovias já existentes tornaria os produtos brasileiros mais competitivos, aumentaria as exportações e, consequentemente, o Produto Interno Bruto (PIB).
O canal do Panamá e o canal de Suez estão entre as principais hidrovias do mundo, com grande importância para o comércio internacional.