03/04/2024 às 17h37min - Atualizada em 03/04/2024 às 17h37min

61% do mercado automotivo do Brasil acredita na paridade entre veículos convencionais e elétricos até 2030

Estudo mostra que mais de dois terços dos fabricantes de equipamentos originais preveem elevação dos preços

Bianca Rocha
Bianca Rocha
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A KPMG, empresa internacional de auditoria, abordou executivos do setor de veículos elétricos (VEs) para entender as expectativas de crescimento e paridade de preços entre veículos convencionais e elétricos, na 24ª edição da pesquisa “Global Automotive Executive Survey”. Na Europa Ocidental, a estimativa em 2022 era de que os veículos elétricos movidos a bateria poderiam chegar a representar 24% das vendas em 2030. A estimativa em 2023 subiu para 30%. 

Nos Estados Unidos, a expectativa passou de 29% em 2022 para 33% no ano passado. Na China, o aumento da estimativa foi ainda maior: passou de 24% para 36%. Para efeitos de comparação, no Brasil a expectativa é de que a frota de veículos elétricos chegue a 23% até 2030.

Por outro lado, muitos estão menos otimistas sobre o quão cedo os VEs podem atingir a paridade de custos com carros convencionais. Em 2022, 70% dos executivos entrevistados disseram esperar essa paridade até 2030, índice que caiu para 66% no ano passado. Para 87% dos executivos da China, fabricantes de equipamentos originais (original equipment manufacturer – OEMs) esperam esse resultado até 2030, em comparação com 71% no ano passado. Entre os fabricantes brasileiros o otimismo de paridade na precificação de carros convencionais e elétricos cresceu em 61%.  



De forma global, o estudo também diz que mais de dois terços dos fabricantes de OEMs, preveem aumento de preços de 5% a 10% em 2024. No Brasil, esse percentual é de 73%, atingindo 100% entre os fabricantes de caminhões, startups de mobilidade, revendedores independentes e fornecedores de energia/infraestrutura de carga.
 

“Os consumidores têm cada vez mais variedade de compra enquanto os fabricantes avançam em veículos elétricos, tecnologias híbridas, células de combustível de hidrogênio e combustíveis alternativos. A convergência com empresas de tecnologia também só vai aumentar. É o momento das empresas agirem para mitigar riscos e ganharem mercado”, analisa Ricardo Roa, sócio-líder do setor Automotivo da KPMG no Brasil.
 



O estudo contou com a participação de 1.041 executivos do setor automobilístico. Em relação ao faturamento global anual das empresas, 323 trabalham em organizações com faturamento global anual mínimo de US$ 1 bilhão, 238 são de empresas com receitas de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão e 459 de empresas com menos de US$ 500 milhões.

Um total de 30 países e territórios como África, Ásia, Europa, América Latina, Oriente Médio e América do Norte foram representados.

 

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