Israel lança amplo ataque contra o Hamas no 4º dia de conflito

Nesta terça-feira (10), o Ministério da Defesa israelense confirmou um amplo ataque a diversos pontos em Gaza relacionados ao grupo Hamas, intensificando o conflito na região que já dura quatro dias.

Conforme relatos das autoridades militares, cerca de 200 sítios associados ao Hamas foram alvos de ataques aéreos. Estes locais incluíam infraestruturas fundamentais para operações do grupo e depósitos de armamentos.

Israel também confirmou o bombardeio de dois túneis, utilizados pelo Hamas para incursões no território israelense, embora a localização exata destes túneis não tenha sido revelada. Essa ofensiva ocorreu após a incursão de 70 militantes em uma área agrícola israelense na segunda-feira (8). Vale lembrar que o uso de túneis pelo Hamas não é algo novo; no passado, eles foram utilizados para contrabando de armamentos entre Gaza e o Egito. Em 2006, Israel já havia identificado túneis similares feitos pelo grupo Hezbollah.

Em relação à segurança na fronteira, os militares israelenses asseguraram que a situação foi normalizada, sem relatos de novas infiltrações após o incidente na segunda-feira (9).

Desde o início dos conflitos, no sábado (7), o número de vítimas tem aumentado drasticamente, com mais de 1.500 mortos e inúmeros feridos, tanto em Israel quanto em Gaza.

Nesse sábado, o Hamas disparou uma enxurrada de mísseis contra várias cidades israelenses e realizou invasões terrestres, marítimas e aéreas. Em resposta, Israel retaliou, bombardeando locais associados ao Hamas e declarando estado de guerra.

Agravando a situação, o Hamas sequestrou mais de 100 israelenses, ameaçando executar reféns caso fossem atacados.

Por sua vez, Israel advertiu que Gaza sofreria graves consequências devido ao conflito, mobilizando 300 mil reservistas e aconselhando os palestinos a evacuarem suas residências.

A agência da ONU para refugiados palestinos relatou que aproximadamente 187.500 residentes de Gaza se deslocaram de suas moradias. Muitos deles encontraram refúgio em escolas, recebendo assistência da ONU.