A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), divulgou o relatório “Diagnóstico Participativo”, que mostra os principais desafios enfrentados por refugiados, como apoio econômico e assistência social, moradia, água, saneamento e higiene, acesso a emprego, renda, educação, unidade familiar e saúde. Segundo estudo, a área econômica, assistência social, barreira linguística, falta de informações sobre programas sociais e casos de xenofobia em sistemas públicos de atendimento estão entre as dificuldades mais citadas por refugiados, apresentando 62% das queixas.
55% das pessoas apresentam condições precárias de moradia, infraestrutura inadequada e insegurança nos bairros são comuns em diferentes localidades. 52% sentem restrições na parte de empregabilidade, o desafio de inserção nas áreas de formação do país de origem, a alta incidência de trabalho informal e subemprego e a dificuldade de acesso aos programas de microcrédito. 49% apresentam queixas na área da educação, barreiras linguísticas, dificuldade de acesso aos locais de estudo e a evasão associada à violência e discriminação no ambiente educativo.
“Seguimos atentos às necessidades dos refugiados no Brasil para a construção de planos e políticas sólidas que facilitem o processo de acolhimento e integração dessa população, conciliando parcerias públicas e privadas para ampliarmos nossas respostas”, afirma Davide Torzilli, representante do ACNUR no Brasil
A análise envolveu 218 participantes em todo o Brasil, em 15 cidades localizadas nos estados do Amazonas, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo e no Distrito Federal, no segundo semestre de 2023. Os participantes do “Diagnóstico Participativo de 2023”, são maioritariamente venezuelanas, representando 54%, seguidos por haitianas (21%), afegãos (9%), colombianos (5,5%), cubanos (3,5%) e sírios (1,4%). Para mais informações sobre o relatório acesse aqui.