01/04/2024 às 09h52min - Atualizada em 01/04/2024 às 09h52min

62% dos refugiados sofrem de xenofobia e falta de informação

Estudo conduzido pela ACNUR no segundo semestre de 2023 mostra os principais desafios dos refugiados no Brasil

Bianca Rocha
Bianca Rocha
Freepik

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), divulgou o relatório “Diagnóstico Participativo”, que mostra os principais desafios enfrentados por refugiados, como apoio econômico e assistência social, moradia, água, saneamento e higiene, acesso a emprego, renda, educação, unidade familiar e  saúde. Segundo estudo, a área econômica, assistência social, barreira linguística, falta de informações sobre programas sociais e casos de xenofobia em sistemas públicos de atendimento estão entre as dificuldades mais citadas por refugiados, apresentando 62% das queixas.
 

55% das pessoas apresentam condições precárias de moradia, infraestrutura inadequada e insegurança nos bairros são comuns em diferentes localidades. 52% sentem restrições na parte de empregabilidade, o desafio de inserção nas áreas de formação do país de origem, a alta incidência de trabalho informal e subemprego e a dificuldade de acesso aos programas de microcrédito. 49% apresentam queixas na área da educação, barreiras linguísticas, dificuldade de acesso aos locais de estudo e a evasão associada à violência e discriminação no ambiente educativo. 


 

“Seguimos atentos às necessidades dos refugiados no Brasil para a construção de planos e políticas sólidas que facilitem o processo de acolhimento e integração dessa população, conciliando parcerias públicas e privadas para ampliarmos nossas respostas”, afirma Davide Torzilli, representante do ACNUR no Brasil


A análise envolveu 218 participantes em todo o Brasil, em 15 cidades localizadas nos estados do Amazonas, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo e no Distrito Federal, no segundo semestre de 2023.  Os participantes do “Diagnóstico Participativo de 2023”, são maioritariamente venezuelanas, representando 54%, seguidos por haitianas (21%), afegãos (9%), colombianos (5,5%), cubanos (3,5%) e sírios (1,4%). Para mais informações sobre o relatório acesse aqui.


Link
Tags »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://globalesg.com.br/.
Fale com a gente pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? Escreva o que precisa