Curitiba é o Estado mais igualitário, mas ainda enfrenta problemas estruturais

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No panorama urbano do Brasil, o contraste social e a diversidade de realidades são evidentes, conforme revelado pelo recém-divulgado Mapa da Desigualdade entre as Capitais, elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis. Curitiba aparece no mapa como a capital menos desigual do país, apresentando resultados acima da média em uma variedade de indicadores, incluindo educação, renda, pobreza, trabalho e ações climáticas. No entanto, desafios persistem, como a desnutrição infantil e a baixa inscrição de famílias de renda precária em programas sociais.
 

Jorge Abrahão, coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis, diz que o Mapa da Desigualdade entre as Capitais Brasileiras não é um selo categórico, pois  seria preciso buscar indicadores internos aos municípios avaliando a infraestrutura em saneamento, educação, saúde, violência, entre outros.  

“O que o mapa revela não significa que as cidades sejam igualitárias. Existem dificuldades muito  grandes dentro das cidades. Esse é um outro trabalho! Desenvolver mapas de desigualdades nos municípios para que possamos ver quais os bairros e distritos da cidades têm melhor estrutura”, comenta o coordenador-geral.

Porto Velho figura como a capital com os indicadores mais preocupantes: 23 deles  estão abaixo da média de seus pares e as maiores preocupações são as taxas de feminicídio, esgotamento sanitário e emissão de CO² per capita.
 

Enquanto algumas questões, como desnutrição infantil, podem ser abordadas com alocação adequada de recursos, outras, como violência e disparidades na expectativa de vida, exigem uma abordagem multifacetada que englobe saúde, educação e assistência social.