20/03/2024 às 18h30min - Atualizada em 20/03/2024 às 18h30min

42% da população brasileira não têm acesso a saneamento básico, mostra estudo

Pesquisa do Instituto Trata Brasil avaliou 100 municípios e produziu um ranking

João Kerr
Envato
Um estudo divulgado nesta quarta-feira (20) do Instituto Trata Brasil revelou que 90 milhões de pessoas, o equivalente a 42% da população brasileira, não tem acesso à coleta de esgoto. Além disso, 32 milhões de brasileiros não têm água potável disponível.
 
A pesquisa, que avaliou os 100 municípios mais populosos do país, mostrou um avanço tímido na coleta de esgoto. Foram apenas dois pontos percentuais de aumento em relação ao último levantamento.
 
Os dados evidenciam a disparidade regional no acesso ao saneamento básico. Nas dez primeiras posições do ranking municipal, que inclui todas as capitais das 27 unidades federativas, estão municípios das regiões Sul e Sudeste, sendo o estado de São Paulo o mais representado. Maringá (PR), lidera a lista, seguida por São José do Rio Preto e Campinas, ambas no estado de São Paulo.
 
Por outro lado, nenhum município das regiões Norte ou Nordeste aparece entre os 20 primeiros. Entre os piores colocados estão Porto Velho (RO), Macapá (AP) e Santarém (PA), com investimentos per capita em saneamento significativamente menores que os necessários para a universalização dos serviços.
 
Os dados também apontam que as 20 melhores cidades no ranking investiram, em média, R$ 201,47 por habitante em saneamento. O valor está 13% abaixo do considerado necessário para garantir o acesso universal.
 
A situação é ainda mais crítica nos 20 municípios de menor colocação. Nestes, o investimento foi 68% menor do que o ideal, com uma média de R$ 73,85 por habitante.
 
Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil, indica que a melhora no panorama do saneamento no Brasil só ocorrerá através de investimentos. “O investimento se traduz em obra, que se traduz em um maior percentual da população com acesso ao serviço”, aponta Luana.
 
O estudo ainda ressalta a grave consequência ambiental da falta de tratamento adequado de esgoto, com o equivalente a 5,2 mil piscinas olímpicas de dejetos sendo despejados na natureza todos os dias.
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