15/03/2024 às 16h54min - Atualizada em 15/03/2024 às 16h54min

Infecções por HIV diminuem em países da Coalizão Global

11 mil novos casos foram registrados entre minorias em todo o mundo

Por Bianca Rocha
Por Bianca Rocha
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O relatório “Prevenção do HIV: Da Crise à Oportunidade“, lançado pela UNAIDS nesta semana, divulgou que as taxas de infecção por AIDS diminuíram de forma mais expressivas nos países participantes da Coalizão Global de Prevenção do HIV (GPC), em comparação com o restante do mundo.

O Brasil teve redução de 66% em suas taxas anuais de novas infecções desde 2010, ao lado de outras 10 nações da GPC, publicadas nesta semana. A média global de redução de novas infecções pelo vírus é de 38%.

A Coalizão Global reúne 38 países com o intuito de acelerar a diminuição de novas infecções do vírus. O objetivo é atingir a meta de que 95% das infectadas tenham acesso eficaz a métodos de prevenção. As reduções significativas nas novas infecções foram impulsionadas pelas estratégias de prevenção combinada do HIV, aliadas ao aumento do acesso ao tratamento antirretroviral. 

Esse acesso ampliado ao tratamento também tem contribuído para a supressão viral em pessoas infectadas. Pessoas em tratamento e com carga viral suprimida não transmitem o HIV. No relatório, Mitchell Warren, copresidente da GPC e diretor executivo da AVAC, diz que é notável observar os avanços alcançados na resposta à AIDS nos últimos 20 anos.
 

“Devemos reconhecer que esse progresso não tem sido uniforme e ainda enfrenta desafios de sustentabilidade. Nunca devemos confundir progresso com garantia de sucesso”, disse. No Brasil, dados de 2022 mostram que, a cada semana, aproximadamente 37 mulheres jovens com idades entre 15 e 24 anos foram infectadas pelo HIV”, avalia.
 


O estudo também mostra que há uma disparidade significativa entre os sexos nos resultados dos diagnósticos, com os homens apresentando uma trajetória mais favorável em comparação com as mulheres que persiste em todas as fases do processo, desde o acesso ao diagnóstico até à vinculação e retenção nos serviços, o tratamento e a também a supressão viral.

 

 

O relatório indica que por mais que haja uma diminuição das infecções, há ainda uma dificuldade de alcançar minorias (populações-chaves), como homens relação sexual entre homens, profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis, em escala global. Mais de 11 mil novas infecções por HIV foram registradas entre essas populações-chaves e suas parcerias sexuais em todo o mundo. 

Os dados revelam também, que apenas uma parcela dessas populações acessou dois ou mais serviços para a prevenção da AIDS nos três meses anteriores. 44% de profissionais do sexo, 28% de homens gays e outros homens que fazem sexo com homens e 37% das pessoas que usam drogas injetáveis conseguiram acessar esses serviços. A meta prevista é de 90%.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde, de 2023, revelam o perfil das pessoas que majoritariamente utilizam a PrEP (Prevenção HIV).

  • 56% são Pessoas brancas

  • 42% pessoas de 30 e 39 anos de idade

  • Gays e HSH (homens que fazem sexo com homens) são em 82% 

Para ter acesso ao relatório completo clique aqui.

 

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