29/01/2024 às 08h44min - Atualizada em 29/01/2024 às 08h44min

Energia Solar gerou mais de 780 mil empregos nos últimos 11 anos no Brasil

Os investimentos em sistemas solares fotovoltaicos alcançaram a impressionante cifra de R$ 130,7 bilhões

Willian Oliveira
Willian Oliveira
Envato
Um recente levantamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) revela um salto significativo no setor de energia solar no Brasil. Entre 2012 e 2023, os investimentos em sistemas solares fotovoltaicos alcançaram a impressionante cifra de R$ 130,7 bilhões, refletindo não apenas em avanços tecnológicos, mas também em um substancial impacto socioeconômico.

Ao longo deste período, aproximadamente 780,1 mil empregos foram criados, evidenciando o papel vital da energia solar na geração de novas oportunidades de trabalho. Além disso, o setor contribuiu com R$ 39,2 milhões em arrecadações para os cofres públicos, fortalecendo a economia nacional.

Atualmente, o Brasil ostenta cerca de 2,3 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em diversas estruturas, incluindo telhados, fachadas e pequenos terrenos. Esta expansão notável reflete um esforço contínuo para diversificar as fontes de energia, reduzindo a dependência de fontes não renováveis.

A capacidade de geração de energia solar ultrapassou os 26 gigawatts (GW) no início deste ano. Essa potência está distribuída em várias aplicações, desde residências a indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, atendendo mais de 3,3 milhões de unidades consumidoras em todo o país.

Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, destaca o enorme potencial de crescimento do setor no Brasil. Segundo ele, o país possui cerca de 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica, indicando um vasto campo para expansão da energia fotovoltaica.

Fatores como a crescente conscientização ambiental nas empresas e a perspectiva de redução nos custos com energia elétrica têm impulsionado a adoção da tecnologia solar. Projeções da consultoria Volt Robotics indicam que, até 2031, a economia líquida na conta de luz decorrente dos sistemas solares instalados em telhados e pequenos terrenos poderá ultrapassar R$ 84,9 bilhões.

Essa economia vem em um momento crucial, visto que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANEEL) anunciou um aumento previsto de 5,6% na conta de luz para 2024, valor acima da inflação projetada de 3,87% para o mesmo período.

Um estudo da Volts Robotics, datado de 2023, aponta que os benefícios líquidos da geração distribuída representam uma economia média de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) para o sistema elétrico nacional. Este valor é significativamente menor do que a tarifa média residencial de R$ 729 por MWh, conforme dados da ANEEL divulgados no ano passado.

Além dos aspectos econômicos, o estudo da ABSOLAR visa calcular os custos e benefícios da microgeração e da minigeração distribuída, em conformidade com o Artigo 17 da Lei Nº 14.300, que estabelece o marco legal do segmento.

Finalmente, um destaque para os estados brasileiros que lideram no ranking de geração distribuída (GD), a geração de energia que utiliza sistemas geradores próximos ou na própria unidade consumidora, interligados à rede elétrica pública. Este cenário reforça a posição do Brasil como um líder emergente na energia solar, sinalizando um futuro mais sustentável e economicamente viável.

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