Especialistas apontam tendências na agenda ESG para 2024

Em uma recente pesquisa realizada pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil), foi revelado que a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) está se consolidando como uma das principais tendências de impacto nas empresas para o ano de 2024. Esta tendência foi identificada por 51% dos 694 empresários entrevistados.  Paralelamente, o relatório anual da Capgemini, uma multinacional francesa de Tecnologia da Informação, intitulado “Um Mundo em Equilíbrio” aponta que 57% dos executivos estão revisando seus modelos de negócios para adotar práticas mais sustentáveis, um aumento significativo em relação aos 37% observados em 2022.

Está claro que o mundo corporativo está cada vez mais engajado nas ações de ESG, reconhecendo este tema como uma força motriz para moldar o futuro dos negócios. Especialistas ouvidos pelo Instituto Global elencaram as principais tendências ESG para 2024: As tendências para ESG em 2024 refletem um amadurecimento significativo nas práticas de sustentabilidade corporativa, mostrando um comprometimento cada vez maior das empresas com questões ambientais, sociais e de governança. Vamos explorar cada uma dessas tendências:

Responsabilidade Tecnológica: À medida que a tecnologia se torna cada vez mais central para as operações empresariais, é vital considerar seus impactos ambientais e sociais. Isso envolve não apenas a eficiência e inovação, mas também a conscientização sobre os efeitos da tecnologia no meio ambiente e na sociedade, como o lixo eletrônico e a inclusão digital.

Ações Afirmativas: É fundamental que as empresas adotem medidas concretas para promover a igualdade de oportunidades, especialmente para grupos historicamente sub-representados ou marginalizados. Isso inclui não apenas o acesso a empregos, mas também o desenvolvimento de carreiras, por meio de ferramentas e iniciativas que visem impulsionar o crescimento profissional desses grupos.

Investimento de Impacto: O aumento do investimento em iniciativas que geram impactos sociais e ambientais positivos, juntamente com retornos financeiros, é um indicativo da evolução dos mercados de capitais. Isso demonstra uma crescente consciência de que os investimentos podem e devem contribuir para a solução de problemas globais.

Transparência nos Relatórios ESG: A clareza e precisão na divulgação de informações sobre práticas sustentáveis são cruciais para a credibilidade e a responsabilidade corporativa. A transparência nos relatórios de ESG permite que os stakeholders, incluindo investidores, clientes e a comunidade em geral, avaliem adequadamente o desempenho ambiental e social das empresas. Adotar padrões globais como o Global Reporting Initiative (GRI) e o International Sustainability Standards Board (ISSB) garante consistência e comparabilidade, fortalecendo a confiança no mercado. Uma alternativa para se enquadrar nesses modelos é oferecida pelo Instituto SCompany, que tem uma das mais avançadas metodologias de medição do grau de maturidade das corporações do Brasil. São 1555 indicadores que correspondem aos principais padrões adotados em todo o mundo. A empresa, ao final da avaliação, ainda recebe um selo de acordo com seu grau de maturidade ESG. O reconhecimento abre portas para novos clientes, reduz riscos e eleva o nível de reconhecimento da marca.

Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI): Integrar a diversidade, equidade e inclusão nas estratégias corporativas vai além de cumprir metas sociais; trata-se de reconhecer e valorizar as diferentes perspectivas e experiências que contribuem para a inovação e a resiliência dos negócios. A transição para práticas inclusivas e equitativas na cultura organizacional amplia o potencial criativo e competitivo das empresas.

Conexão Sustentável: Uma abordagem que prioriza a humanização nas relações de negócios, enfatizando a responsabilidade e o compromisso corporativo, é essencial. Esta tendência reflete uma visão mais holística e ética dos negócios, onde a satisfação do cliente e a sustentabilidade andam de mãos dadas.

Cadeia de Valor e Due Diligence: A integração de considerações de ESG na cadeia de valor e a realização de due diligence aprofundada são essenciais para garantir práticas sustentáveis ao longo de toda a cadeia produtiva. Isso inclui desde a seleção de fornecedores até o impacto final dos produtos e serviços, assegurando que as empresas operem de maneira responsável e ética.

Essas tendências para 2024 mostram um caminho promissor para as práticas ESG, indicando um futuro em que as empresas não apenas prosperam economicamente, mas também contribuem significativamente para um mundo mais justo, inclusivo e sustentável.