05/08/2024 às 15h24min - Atualizada em 05/08/2024 às 15h24min

Coi confirma participação de boxeadoras em meio a polêmica de gênero nos jogos de Paris

Polêmica começou quando a IBA alegou que Khelif e Lin não passaram no teste cromossômico no ano passado

Da Redação
Da Redação
Reprodução/Redes sociais
O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou na segunda-feira que as boxeadoras Imane Khelif, da Argélia, e Lin Yu-ting, de Taiwan, continuarão competindo nos Jogos de Paris, apesar das controvérsias relativas a um teste de elegibilidade de gênero. Ambas as atletas, que já garantiram ao menos uma medalha de bronze, enfrentaram desqualificação durante o Campeonato Mundial de 2023, mas foram liberadas pelo COI para continuar nas semifinais olímpicas.

A polêmica começou quando a Associação Internacional de Boxe (IBA), que foi destituída pelo COI como organizadora do torneio devido a falhas em reformas financeiras e de governança, alegou que Khelif e Lin não passaram em um teste cromossômico durante o mundial do ano passado. Segundo a IBA, ambas não deveriam estar competindo em Paris. No entanto, o COI, agora responsável pela organização do boxe nos jogos, discorda dessa avaliação.

"Essas atletas têm competido em competições seniores há seis anos sem problemas", afirmou Mark Adams, porta-voz do COI, durante uma coletiva de imprensa. "Essas mulheres eram elegíveis para essa competição, permanecem elegíveis para essa competição e competem nessa competição." O COI reiterou que as atletas atendem a todos os critérios de elegibilidade estabelecidos para os jogos.

A decisão do COI de manter as boxeadoras na competição foi recebida com apoio de diversas organizações de direitos humanos e grupos de defesa de igualdade de gênero, que criticam o uso de testes cromossômicos para determinar a elegibilidade de atletas femininas, alegando que tais práticas podem ser discriminatórias e não científicas.

Imane Khelif e Lin Yu-ting agora se preparam para suas lutas nas semifinais, com a certeza de que já têm garantidas as medalhas de bronze, mas com a possibilidade de avançar ainda mais. Enquanto isso, o debate sobre critérios de elegibilidade e igualdade de gênero no esporte continua a ser um tópico de discussão intensa tanto dentro quanto fora do ambiente olímpico.

Este incidente destaca a complexidade das normas de competição internacional e a necessidade de um diálogo contínuo sobre como garantir que o esporte permaneça acessível e justo para todos os atletas, independentemente de gênero.
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