27/06/2024 às 16h27min - Atualizada em 27/06/2024 às 16h27min

Brasil apresenta o mais alto nível de insegurança ecológica e climática, revela pesquisa

“Barômetro de Transformação Ecológica” incluiu 26 países, em 5 continentes, incluindo mais de 29.500 indivíduos

Da Redação
Da Redação
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A Veolia, empresa de serviços ambientais, e a Elabe, empresa francesa de pesquisa e consultoria, decidiram entender como a sociedade global se comporta diante das mudanças climáticas e das transformações ambientais. A partir daí, surgiu a pesquisa “Barômetro de Transformação Ecológica”, que foi realizada em 26 países, incluindo o Brasil, em 5 continentes, incluindo mais de 29.500 indivíduos (entre 1.000 e 2.000 por país).

Por quê importa?

O resultado revelou resultados surpreendentes. Ainda que mais da metade dos brasileiros não consiga se imaginar em uma realidade ecológica e climática mais sustentável (57%), a maioria está disposta a adotar mudanças de hábitos, mesmo que envolvam gastos maiores, entre elas, uso de água residual reciclada, energia limpa e consumo de alimentos saudáveis.
 
Principais números sobre a percepção das mudanças climáticas no Brasil:

O Brasil é o país que apresenta o nível mais alto de insegurança ecológica e climática dos 26 países incluídos na pesquisa, com 17 pontos acima da média global (65%).
Embora o Brasil esteja entre os 10 países mais otimistas do mundo, 57% dos brasileiros têm dificuldade de imaginar como seria o dia a dia se conseguíssemos a transformação ecológica.
A tentação do fatalismo ecológico está crescendo entre os brasileiros: 25% atualmente duvida da capacidade da humanidade de limitar as mudanças climáticas e reduzir a poluição.
A preocupação é particularmente alta com a saúde, o que inclui o aumento de doenças infecciosas (87%), a redução da qualidade nutricional dos alimentos (82%) e problemas de saúde mental (75%).
Para a maioria dos brasileiros (86%) as mudanças climáticas representam uma ameaça à população de baixa renda, podendo levar mais de 130 milhões de pessoas à pobreza até o final de 2030.
Apesar do ceticismo por parte dos brasileiros, o estudo também revela que eles estão dispostos a adotar novos hábitos e investir em custos adicionais para proteger a saúde e a qualidade de vida. O que inclui:
 
-Comprar alimentos embalados em materiais reciclados (93%)
-Consumir alimentos de agricultura que utiliza água reciclada (89%)
-Pagar mais pela energia produzida localmente a partir de resíduos e biomassa para reduzir as emissões de CO2 (88%)
-Pagar mais por frutas, legumes e carnes para proteger o solo e reduzir riscos à saúde (85%)
 
O que diz a Veolia?

“Embora as mudanças climáticas sejam uma realidade, ainda há soluções capazes de mudar esse cenário. Mas para isso, setores públicos e privados precisam trabalhar em conjunto, com foco em reduzir os impactos ambientais e diminuir a emissão de gases de efeito estufa. O Barômetro da Transformação Ecológica surge para tornar o debate público, entender quais são os desafios e ouvir populações de todo o mundo sobre o desejo de agir e aceitar as novas possibilidades para um futuro mais sustentável”.

Lina Del Castillo, Diretora de Sustentabilidade da Veolia Brasil
 
“Estamos em uma encruzilhada, onde, diante do desafio climático, a ação radical e a solução ecológica se confrontam. Ambos apresentam grandes riscos sociais, econômicos e ecológicos. A Veolia oferece um terceiro caminho: a ecologia que transforma nossas economias para proteger as populações. A transformação ecológica não pode, e não deve, ocorrer sem os cidadãos do mundo. Escutar, ajuda a entender as preocupações e necessidades de todos, a identificar as alavancas de mudança que não são apenas aceitáveis, mas desejáveis, e a encontrar sentido e motivação para a mudança na construção de um futuro sustentável", afirmou Estelle Brachlianoff, CEO da Veolia. "Os resultados da segunda edição do Barômetro da Transformação Ecológica confirmam uma opinião pública global firmemente centrada na ação”.

Estelle Brachlianoff, CEO da Veolia

Resultados globais:

● 97% dos entrevistados acredita que a saúde é a principal preocupação quando se trata de decisões locais sobre água, resíduos e energia, acima do preço final.
 
● 64% dos habitantes do mundo (82% dos brasileiros) se sentem vulneráveis aos riscos causados pelas mudanças climáticas à saúde . Esses riscos à saúde se manifestam em um aumento de doenças infecciosas, poluição, diminuição da qualidade dos alimentos e problemas de saúde mental.
 
● 67% dos habitantes do mundo acredita que uma solução que promova a preservação de sua saúde os encorajaria a mudar seus hábitos ou aceitar um custo ligeiramente superior.
 
● 66% dos habitantes do mundo (77% dos brasileiros) estão convencidos de que a inação custará à humanidade mais do que a ação ecológica.
 
METODOLOGIA

Os 26 países participantes desta pesquisa foram escolhidos por seu peso demográfico, sua contribuição para as emissões de gases de efeito estufa, e para garantir a diversidade em antecedentes políticos e culturais ecológicos. No geral, esses países representam quase 60% da população mundial e 67% das emissões globais de gases de efeito estufa.

A pesquisa foi realizada de 17 de outubro a 6 de dezembro de 2023, de forma online. Para cada um dos 26 países, uma amostra representativa de habitantes, a partir de 18 anos, respondeu às perguntas.
 
Para conferir os resultados globais da pesquisa, acesse aqui

Para conferir os resultados Brasil da pesquisa, acesse aqui
 
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