08/06/2024 às 10h44min - Atualizada em 08/06/2024 às 10h44min

CNM: Prejuízos por tempestades no RS sobem para R$ 11,4 bi; no agro, perdas somam R$ 3,69 bi

No setor público, levantamento auferiu prejuízos de R$ 1,7 bilhão em obras de infraestrutura

Isadora Duarte/ Agência Estado
Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
Levantamento parcial da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que as tempestades registradas desde 29 de abril no Rio Grande do Sul provocaram pelo menos R$ 11,4 bilhões em prejuízos financeiros, R$ 400 milhões a mais ante o reportado na quarta-feira, 29. Os números contabilizam perdas de municípios que enviaram os dados à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

A confederação esclarece que os impactos são informados pelos próprios municípios. São dados parciais, relatados à medida que os danos são contabilizados. A CNM estima que 4,1 milhões de pessoas tenham sido afetadas, sendo que 445 seguem desaparecidas e foram reportadas 172 mortes, de acordo com dados da Defesa Civil e extraídos do sistema do Ministério de Desenvolvimento.

A confederação calcula que 476 municípios foram afetados, sendo 323 com reconhecimento estadual e federal de situação de emergência e 95 em estado de calamidade pública. Destes, apenas 144 municípios informaram os valores de danos e prejuízos, o equivalente aos R$ 11,4 bilhões.

Segundo a CNM, dos prejuízos financeiros relatados, R$ 4,6 bilhões referem-se ao setor habitacional, com 110 mil casas danificadas ou destruídas, R$ 4,2 bilhões foram relatados no setor privado e R$ 2,5 bilhões no setor público.

A agropecuária é o setor econômico privado com mais perdas financeiras levantadas, somando R$ 3,694 bilhões. Dos municípios que auferiram os prejuízos, R$ 3,4 bilhões estão relacionados à agricultura e R$ 293,5 milhões à pecuária. A indústria reportou R$ 267,8 milhões em prejuízos. Outros R$ 131,8 milhões foram relatados por comércios locais.

No setor público, o levantamento auferiu prejuízos de R$ 1,7 bilhão em obras de infraestrutura (pontes, estradas, drenagem urbana) e R$ 431,9 milhões em instalações públicas, como escolas, hospitais e prefeituras.
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