23/04/2024 às 14h52min - Atualizada em 23/04/2024 às 14h52min
Alta concentração do vírus da gripe aviária é detectada em leite cru nos EUA
Em abril, o país notificou a OMS sobre um caso da doença em uma pessoa do Texas, que trabalhava com rebanho, disse a organização
Por Equipe AE/Agência Estado
Por Equipe AE/Agência Estado
Freepik O vírus da gripe aviária H5N1 foi detectado em leite cru de animais infectados em altas concentrações, disse, na sexta-feira, 19, a chefe do Programa Global de Influenza da Organização Mundial de Saúde (OMS), Wenqing Zhang. Segundo ela, ainda não se sabe por quanto tempo o vírus pode sobreviver no leite. Apesar da confirmação de casos só ter ocorrido nos Estados Unidos, a recomendação geral da entidade é a de que as pessoas consumam apenas leite e produtos lácteos pasteurizados. O alerta reforça a preocupação da organização com a propagação do vírus entre mamíferos, o que poderia levar a um quadro de infecção entre humanos.
Desde março, foram relatadas infecções em 29 rebanhos em oito Estados dos Estados Unidos. Em abril, o país notificou a OMS sobre um caso da doença em uma pessoa do Texas, que trabalhava com rebanho, disse a organização. Segundo a entidade, os casos de H5N1 em vacas leiteiras e no humano não apresentaram aumento na adaptação do vírus a mamíferos.
"O caso no Texas foi o primeiro de um humano infectado pela gripe aviária por uma vaca. A transmissão de ave para vaca, vaca para vaca e vaca para ave também foi registrada durante esses surtos atuais, embora muitos ainda estejam sob investigação", disse Zhang. De acordo com ela, isso sugere que o vírus pode ter encontrado outras vias de propagação além das anteriormente conhecidas.
Até o momento, as infecções humanas por H5N1 permanecem raras e estão ligadas à exposição a animais e ambientes infectados, destacou a OMS. Desde 2003, foram relatados quase 900 casos em pessoas, variando de assintomáticos até graves. Cerca de metade desses casos foi mortal, e todos as ocorrências relatadas na Europa e na América do Norte tiveram sintomas leves, segundo a OMS.