Com o tema “Compliance 5.0, o futuro já chegou e ele é verde e digital”, o encontro promovido pelo Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial (IBDEE) reuniu grandes nomes da iniciativa privada e buscou informar sobre integridade nos negócios. Executivos do Google, Nubank, Mercado Livre, Fecomercio, CCR, Bunge, ApexBrasil, CEMIG, e outros, destacaram a relação entre empresários e governo quando o assunto é comportamento ético e desenvolvimento sustentável.
Para o Dr. Godofredo de Souza Dantas, advogado e presidente do IBDEE, o debate se alinha com o propósito do instituto de fomentar o trabalho sobre a ética nas relações empresariais privadas e nas interações das empresas na administração pública.
“Nós avançamos o olhar também para as interações que são travadas no ambiente digital, para a emergência de novas tecnologias e o aumento exponencial das relações travadas nessa ambiência. Isso nos impõe - sem dúvidas nenhuma - uma reflexão aprimorada sobre os nossos princípios e conceitos éticos”, explica.
O conceito de compliance tem sido bastante utilizado nas empresas. Não sendo traduzida para o português, a expressão norte-americana é o conjunto de procedimentos e regras que tem como objetivo manter a organização em linha com as normas vigentes, legais ou internas.
O compliance foi introduzido no Brasil com rigor a partir da lei N° 12.846, conhecida como lei Anticorrupção. O termo era visto no passado como conformidade das leis. A evolução nos debates do tema transformou o significado em algo mais amplo e hoje é entendido que só há compliance onde há efetiva integridade. Onde seja possível fazer algo que privilegia conceitos morais e antidiscriminatórios.
Dantas explica que a presença de empresas consideradas mega blocos empresariais presentes nos debates é para construir ambientes corporativos e sociais que busquem convergência e sejam colaborativos. A ideia é expor a empresas como Google, Nubank, Mercado Livre e outros, reflexões ricas. E, claro, ouvir deles o que têm refletido sobre a ética nas plataformas sociais, no mundo corporativo e no universo digital.
“Todas essas emergências de debates são muito novas para nós, então é preciso que a gente converse com as pessoas. Ninguém vai conseguir propor ou disseminar um caminho a ser seguido se não ouvir todas as pessoas que estão envolvidas”, finaliza.