02/04/2024 às 16h00min - Atualizada em 02/04/2024 às 16h00min
Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo
Um em cada 100 indivíduos pode apresentar algum grau do espectro autista, seja na infância ou na fase adulta
Arthur Mirov
Arthur Mirov
Freepik No mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), acredita-se haver mais de 70 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. No Brasil, estima-se que existam cerca de 2 milhões de autistas. A população total no país é de 200 milhões de habitantes, o que significa que 1% da população estaria no espectro.
O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo foi criado em 2007 pela ONU com o objetivo de difundir informações sobre essa condição do neurodesenvolvimento humano e reduzir o preconceito que cerca as pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista. A intenção é mapear quantas pessoas têm o diagnóstico do transtorno, fomentando políticas públicas de atenção e atendimento especial.
De acordo com o estudo “
Retratos do autismo no Brasil em 2023: um estudo Genial Care e Tismoo.me”, a falta de segurança em relação ao futuro é o que mais preocupa pessoas cuidadoras, criando barreiras e incertezas sobre uma vida independente e autônoma para criança. Além disso, segundo os dados da pesquisa, 1 em cada 4 pessoas cuidadoras está, também, no espectro do autismo, o que pode ser ainda mais desafiador na rotina.
Para Thaissa Alvarenga, fundadora da Associação Nosso Olhar, a inclusão de pessoas diversas na sociedade deve acontecer desde a infância e seguir até o envelhecimento. A Associação tem como principais braços de atuação a educação para incluir e a inserção no mercado de trabalho.
"Acreditamos que todos precisam ter acesso à informação para que ocorra a verdadeira Inclusão. Pessoas com deficiência podem tudo o que quiserem, dentro de seus próprios tempos e limites. Elas podem estudar, trabalhar, serem produtivas e participar da construção de uma sociedade para todos."
A mobilização da Associação Nosso Olhar está voltada para a aceitação da diversidade; a inovação na descoberta de novas possibilidades; o acolhimento das famílias de forma estendida; a conscientização; a educação cidadã; a informação de qualidade e as legislações e políticas públicas inclusivas.
“O autismo hoje é compreendido como um espectro de manifestação fenotípica bastante heterogênea. Ou seja, existem várias manifestações diferentes do autismo. E essas manifestações ocorrem também com sinais mais ou menos evidentes em algumas pessoas”, afirma o neuropsicólogo Mayck Hartwig à
Agência Brasil. O doutor é referência no atendimento de autismo em adultos e pesquisador.