11/03/2024 às 20h00min - Atualizada em 11/03/2024 às 20h00min

Trabalho híbrido trouxe mais oportunidades para mulheres de minorias étnicas, diz estudo

61% das pessoas de grupo minoritário dizem que o formato permitiu buscar promoções ou se candidatar a cargos mais altos

Por Bianca Rocha
Por Bianca Rocha
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Segundo o International Workplace Group (IWG), 53% das mulheres entrevistadas se sentiram mais aptas a se candidatarem a cargos mais altos por causa do trabalho híbrido. O número sobe para 61% em relação àquelas que fazem parte de grupos minoritários. 44%, pensam em mudar de carreira, algo que não consideram sem a possibilidade do trabalho híbrido. 

Além disso, 66% das mulheres dizem que o modelo remoto combinado com o presencial abriu novas oportunidades de trabalho que de outra forma não teriam. No caso de mulheres de grupos minoritários, o número sobe para 73%. Destas, 44% dizem sentir um impacto real no crescimento profissional como resultado do trabalho híbrido. 

 29% das pessoas acreditam que o modelo de trabalho torna as coisas mais eficientes, oferecendo tempo suficiente para participar de treinamentos adicionais à sua carreira. Já 32% acreditam ter aumentado sua visibilidade com a alta liderança.

O estudo também revela outras categorias, como a vida profissional e a familiar. Os números apontam para o crescimento de mulheres em decisões de carreira significativas, como mudança de emprego ou troca de setor. 

Silvia Rosseto, professora de comunicação e português, conta que a mudança do regime de trabalho provocada pela pandemia acabou se consolidando. Na volta para a "normalidade", já não era mais preciso manter o presencial. “Eu adoro o esquema híbrido, porque sinto falta de estar pessoalmente com colegas, alunos e clientes.  Ao mesmo tempo, do ponto de vista pessoal, poder trabalhar de casa me possibilita estar mais tempo com minha filha e meus cachorros”, enfatiza.

Na busca por flexibilidade, muitas pessoas mudaram de setor completamente. 43% das mulheres em geral dizem que o modelo híbrido permitiu a entrada em novos mercados de trabalho.
 
Tania Costa, diretora de Expansão do IWG no Brasil, diz que o modelo de trabalho híbrido é uma das principais megatendências de trabalho para 2024. Na companhia, cerca de 73% da força de trabalho é feminina. 

As conclusões do IWG revelam que as mulheres, especialmente de origens diversas, estão moldando ativamente as suas carreiras em torno da flexibilidade que o modelo híbrido proporciona”, avalia Costa.  O IWG já destacou, em relatório anterior, o trabalho híbrido como uma estratégia crucial para que líderes em Recursos Humanos possam atrair e reter talentos.

40% das funcionárias indicaram que a flexibilidade do trabalho híbrido foi um fator decisivo para deixar o emprego anterior. 

A ideia é apoiada por pesquisas acadêmicas do Dr. Nicholas Bloom, professor de Economia da Universidade de Stanford. Para ele, empresas que oferecem esse tipo de flexibilidade podem ter as taxas de saída (por demissão voluntária ou imposta) diminuídas em até 35%.

Percebemos o quanto era gasto em tempo e dinheiro para a realização do trabalho presencial. Além disso, fazer reuniões com pessoas distantes se tornou muito mais fácil. Não temos que pegar avião ou carro para um compromisso, economizando tempo de deslocamento e a paciência do trânsito. Também permite que você realize três reuniões no espaço que seria usado para apenas uma.


 

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